sábado, 22 de maio de 2010

Terapia com células-tronco reverte diabetes tipo 1 no Brasil.

Um estudo brasileiro inédito revela que o pâncreas de diabéticos tipo 1 está voltando a funcionar após o transplante de células-tronco do próprio paciente, livrando-o da necessidade de insulina.
Os resultados da pesquisa, que acompanha 23 voluntários há mais de quatro anos, estão publicados na edição de hoje do "Jama" (jornal da Associação Médica Americana).
Os autores constataram, pela primeira vez no mundo, que os níveis do peptídeo-C, uma espécie de marcador do funcionamento das células produtoras de insulina, aumentaram nos pacientes submetidos à terapia.
Essa substância é um dos resíduos da produção do hormônio pelas células beta do pâncreas. Ou seja, quanto maiores suas taxas, maior a produção de insulina e menor o risco de complicações associadas ao diabetes, como amputações.
"O nível dele não só deixou de cair como aumentou", comemora o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto, e um dos autores do estudo. "Isso significa que o pâncreas está voltando a funcionar", explica ele. "Esses pacientes produzem mais insulina do que quando chegaram até nós."
A maioria dos voluntários deixou de usar hormônio sintético há mais de três anos, em média, com bom controle da glicemia. "Temos pacientes livres há quatro anos e oito meses, com excelente qualidade de vida, sem picos de hipoglicemia", diz Couri.
Oito deles precisaram voltar a tomar o hormônio sintético, mas em doses muito baixas. "Por isso não dá para afirmar que os benefícios sejam permanentes", avalia o imunologista Júlio Voltarelli, um dos líderes do estudo.
Mas mesmo nesses pacientes os níveis do peptídeo-C estão aumentados, mostrando que o pâncreas está funcionando melhor também nessas pessoas, apesar de não produzir todo o hormônio de que necessitam. "Eles provavelmente terão uma melhor evolução da doença", acredita Júlio Voltarelli.
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que o próprio sistema de defesa do corpo passa a atacar o pâncreas. A terapia com células-tronco, ao que parece, consegue combater essa falha imunológica, mas não recupera as áreas destruídas da glândula. Daí a necessidade de aplicá-la em pessoas recém-diagnosticadas.
Medicamento
Outro resultado inédito apontado pelos autores foi o efeito da droga sitagliptina, indicada para diabéticos tipo 2, em dois dos pacientes que voltaram a precisar da insulina. Com dois meses de medicação, eles ficaram livres do hormônio sintético. A droga estimula a secreção de insulina pelo organismo. Hoje tais pacientes controlam a glicemia tomando esse remédio uma vez ao dia. 
    ( Adaptação: Folha de São Paulo, 2009)

Mãe Terra, perdoai-nos.


De repente, todo mundo resolve falar sobre a cruel situação em que a humanidade deixou o planeta. Todo mundo quer aliviar a própria consciência, arrotando palavras em defesa à Natureza, contra os que colaboram com o aquecimento global e tudo o mais. Como se não tivéssemos todos, uma parcela de culpa em tudo isso. Se formos analisar de um modo mais sincero, uma visão mais imparcial. Entenderemos que a situação chegou a esse ponto, devido à cobiça (ou entenda-se estupidez), da humanidade como um todo. Desde o descaso das grandes industrias e nações. Até mesmo o nosso próprio descaso. Que vai do mal uso da água, energia elétrica e a fumaça de nossos carros até ao nosso consumismo desenfreado, que faz com que as indústrias queiram produzir ainda mais.
E assim o ciclo se renova, e a destruição segue seu curso (agora quase natural). Então, a solução não é somente nos unirmos
ao Greenpeace e ong’s por aí afora, vestindo camisas com frases de denúncias, colando adesivos em nossos automóveis, artefatos estes que também incitam a indústria a continuar a destruição. Não basta ficarmos indignados com a situação como se não fôssemos também responsáveis por ela. A indignação é sim legítima, desde que possamos compreender as nossas parcelas de culpa.
                                      ( Adaptação: Revista do meio ambiente - Mãe Terra, perdoa-nos!).