domingo, 25 de abril de 2010

Os números da água.

Será que a próxima guerra mundial será motivada pela escassez de água? Dizem os futurólogos que sim. O mercado da água em garrafa é bilionário – só nos Estados Unidos, terra das estatísticas exageradas, quase 1 bilhão de dólares é gasto anualmente com água engarrafada, ainda que lá (e teoricamente, aqui também), a água da torneira é potável. Para se fabricar as garrafas, os estadunidenses gastam 1 milhão de barris de petróleo por ano, garrafas que geralmente acabam no lixo e não são recicladas. Além do problema do lixo que elas geram, garrafas d’água também consomem combustível em seu transporte e, adivinhe, mais água na sua fabricação! É o desperdício em todas as suas formas! Enquanto isso, um terço da população do planeta não tem acesso à água potável.
Aqui no Brasil, a coisa anda parecida.  O mercado, disputado a tapa por empresas como a Coca-Cola e a Nestlé, cresce mais de 20% ao ano. É um negócio da China, onde as empresas simplesmente engarrafam e vendem algo que custa 10 mil vezes menos.
Uma única garrafinha faz diferença. Comece a carregar uma garrafinha com você, e encha com água da torneira ou filtrada ao invés de comprar outra. Nos Estados Unidos e na Europa, muitos restaurantes já aboliram a água engarrafada e servem água da torneira – muitas vezes de graça. Todo mundo sai ganhando, principalmente nosso amado e combalido planetinha azul…

Mude o Mundo.

DICA MUDE O MUNDO – Como economizar energia na geladeira
  • Mantenha a geladeira sempre cheia (mas nunca acima de sua capacidade). Alimentos como pão de forma, caixas longa vida, garrafas de vidro podem ser guardados por períodos ainda mais longos dentro da geladeira. Todas as frutas – com excessão da banana, que fica preta – também podem ser guardadas sem problema.
  • Duas outras dicas bem conhecidas mas que vale a pena lembrar: jamais use a geladeira como secadora de tenis ou roupas (isso sobrecarrega a sua capacidade e pode até queimá-la) e deixe sempre um espaço de 15 a 20cm das paredes, para que o ar circule livremente e não superaqueça seu equipamento.

Pensar Localmente, Agir Globalmente (E viva o Aquecimento Global?!)

"Pensar globalmente, agir localmente."
Consagrado lema da atuação local em prol do desenvolvimento sustenável do planeta, surgiu a partir da Eco 92 como indicação da necessidade de uma agenda de ações e compromissos interdependentes entre diferentes setores da população nos âmbitos internacional, nacional, regional, estadual e municipal para a resolução dos problemas ambientais mundiais identificados até então - daí o nome "agenda 21" para o documento base principal para a elaboração desses compromissos.
Claro que, para a eficácia desta agenda, foi necessário ultrapassar barreiras ideológicas, políticas, de método e de conhecimento científico e tecnológico - que nos últimos anos retardaram em muito a obtenção de resultados em práticas de políticas públicas em planejamento ambiental - de modo que desenvolvemos uma pequena perspectiva de mudança nos padrões de produção e consumo - fator essencial que sempre incomodou ambientalistas e educadores ambientais...

Já defendi neste mesmo espaço - e dividi a mesma angústia de - a necessidade de se ter uma "agenda 21 pessoal', de modo que possamos individualmente nos responsabilizar por essa mudança de padrão e, através de nossas "ações de formiginha" (outra frase consagrada para o mesmo contexto!) desepenharmos um papel melhor no mundo e na condução deste mundo para as mudanças.
Impressionante foi - e é - a difilculdade de ser um marciano, de falar para as paredes, de se sentir ignorado e menosprezado pelos tomadores de decisão no mundo enfrentada por todos aqueles que bradavam aos quatro ventos a necessidade de mudança. E, mais ainda, da inserção no pensamento das pessoas comuns - a "comunidade" - de que, quer queiram ou não, fazem parte de uma estrutura maior e são responsáveis pela manutenção - assim como pela transformação - desta mesma estrutura!
Até o advento do conhecido relatório do IPCC.
Sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, apresentava diagnóstico bastante contundende da contribuição humana em nível mundial para intensificação do processo de aquecimento global e consequentemente nas mudanças climáticas que tanto afligem a própria humanidade. Mas o IPCC não surgiu do nada; foi apenas a confirmação e aceitação pública de uma verdade comprovada por inúmeros marcianos, faladores solitários, pensadores antes menosprezados e ignorados que não arrefeceram perante as dificuldades e continuam sua agenda pessoal de mobilização em prol de um mundo melhor - colocando em cada uma de suas ações a total interconexão entre o global e o local, entre o individual e o coletivo, entre o privado e o público.
Claro que estou sendo profundamente romântico neste tipo de pensamento, mas...
Benditos aqueles que, pensando globalmente, agiram localmente!!

Pena que a situação ambiental tenha que chegar a tal ponto quase irreversível - para que a sociedade se mobilize em função do tema.
Mas sinto agora a coisa ambiental já tão inserida no imaginário popular - a ponto de ser apelo midiático tema de vários filmes épicos e populares - que passou a ser uma necessidade eleitoral o investimento de mais tempo e mais dinheiro para "resolver o aquecimento global" (como se isso fosse possível).
Mesmo assim, sinto no mundo - desde os moradores de rua até os grandes políticos mundiais - a sensação de a água está batendo nas partes baixas (às vezes literalmente!) e que tem-se que tomar alguma atitude. Não digo que é geral - não estamos todos plantando árvores e abandonando os carros na rua - mas há um sentimento de resistência muito menor ao tema do que antes - muitos políticos já estão se perguntando intimanente: "tá, tá bom, acredito. mas por onde começo, sem afetar minhas atuais ambições de poder?" ou mesmo "puxa vida: se não aprender logo sobre esse negócio vou me dar mal nas próximas eleições".
(Tudo bem. Não é o pensamento adequado, mas é um começo.)
Muitas políticas públicas locais têm sido desenhadas para integrar as soluções dos mesmos problemas de antes - pobreza, enchentes, poluição, moradia, saúde e assim por diante - dentro do mesmo guarda-chuva emergencialdo das "políticas mitigatórias dos efeitos e consequências das mudanças climáticas" na comunidade local.
(O tema tem atraído investimentos - com boas ou não tão boas intenções.)
acredito que, finalmente, podemos ter um pequeno vislumbre do que significaria a concretização da da agenda 21:
  • a inseparabilidade do pensamento local do global;
  • a interconexão plena das ações locais na resolução dos problema globais.
Em outras palavras:
Pensar localmente passará a ser agir globalmente!
Sempre me disseram que grandes tragédias trazem grandes movimentos de mudança em relação a novas esperanças.
Estou começando a acreditar nisso.
E viva o aquecimento global.

CARTA ESCRITA EM 2070

Estamos em 2070, acabo de completar os 50, mas minha aparência é de alguém de 85.Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha cinco anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro cerca de uma hora. Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes todas as mulheres mostravam sua formosa cabeleira. Agora devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.
Antes meu pai lavava o carro com água que saia de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais podia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.

Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber oito copos de água por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são principais causas de mortes.
A indústria ta paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessanilizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável ao invés de salário. Os assaltos por um pouco de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressiquidade da pele de uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível.
Não se pode fabricar água, o oxigênio também ta degradado por falta de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como conseqüência há muitos meninos com insuficiência, mutações e
deformações.
O governo até nos cobra pelo ar que respiramos, 137m³ por dia por habitante adulto. A gente que não pode pagar é retirada das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade, mas pode-se respirar, a idade média é 35 anos.
Em alguns países ficaram manchas de vegetação com seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado mais do que ouro e diamantes. Aqui em troca, não há árvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se precipitação, é chuva ácida; as estações do ano tem sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX.
Advertia-se que havia que cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso.
Quando minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente.
Ela pergunta-me: Papai! Porque se acabou a água?
Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado, porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos.
Agora nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que há vida na terra já não será possível dentro de muito pouco porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível. Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!

Meio Ambiente na escola

http://www.youtube.com/watch?v=oJEqJ9yALx8&feature=player_embedded#at=41

Vamos cuidar da nossa casa.

Imagens

Há 40 anos que celebramos o Dia da Terra. A data foi criado em 22 de abril de 1970, com a convocação, pelo Senador americano Gaylord Nelson, de um protesto nacional contra a poluição. Neste tempo, que mudanças significativas observamos?
Apenas comemorações e homenagens não bastam. O objetivo principal do Dia da Terra é alertar as pessoas em todo o mundo sobre as ameaças que a próprio homem criou à Terra. Reflexões, protestos, movimentos e outras ações são importantes, apenas se acompanhadas de mudança de comportamento.
É fácil constatar que, ano após anos, mantivemos o excesso de produção e de consumo de recursos naturais e de produção de resíduos, desrespeitando os limites do planeta. A falta de investimento no desenvolvimento de energias renováveis, aliadas à falta de Educação ambiental, pioram o quadro crítico de deteriorização do planeta.
Todos estão cientes de que mudanças climáticas estão ocorrendo e sabem o que precisa ser feito; mas poucos - governantes e cidadãos - querem abrir mão de seus interesses pessoais e econômicos. Considerando as previsões de que a população mundial em 2050 terá aproximadamente 9 mil milhões de habitantes, é extremamente necessário que os países reduzam sua pegada ecológica.
O que cada um pode fazer para diminuir o impacto sobre nosso planeta? Esperar que os grandes poluidores façam a parte deles e cruzar os braços não é uma atitude ideal. A capacidade da Terra de produzir recursos suficientes para toda a população mundial, e de absorver a poluição que produzimos irresponsavelmente, é muito pequena diante da quantidade de recursos que consumimos desordenadamente.
Se não queremos abrir mão de nossa vida confortável, temos a obrigação de zelar pelos recursos que consumimos. Reduzir o consumo, reaproveitar materiais e, em último caso, reciclá-los, são atitutes que precisam fazer parte do cotidiano de todo habitante do planeta.
As mudanças de que precisamos para ter um Planeta saudável, tem de partir de nós. A Terra não precisa de nós. Pelo contrário, nós é que dependemos dela. Há possíveis soluções para deixarmos um planeta sustentável para nós mesmos e para as futuras gerações.