De repente, todo mundo resolve falar sobre a cruel situação em que a humanidade deixou o planeta. Todo mundo quer aliviar a própria consciência, arrotando palavras em defesa à Natureza, contra os que colaboram com o aquecimento global e tudo o mais. Como se não tivéssemos todos, uma parcela de culpa em tudo isso. Se formos analisar de um modo mais sincero, uma visão mais imparcial. Entenderemos que a situação chegou a esse ponto, devido à cobiça (ou entenda-se estupidez), da humanidade como um todo. Desde o descaso das grandes industrias e nações. Até mesmo o nosso próprio descaso. Que vai do mal uso da água, energia elétrica e a fumaça de nossos carros até ao nosso consumismo desenfreado, que faz com que as indústrias queiram produzir ainda mais.
E assim o ciclo se renova, e a destruição segue seu curso (agora quase natural). Então, a solução não é somente nos unirmos
ao Greenpeace e ong’s por aí afora, vestindo camisas com frases de denúncias, colando adesivos em nossos automóveis, artefatos estes que também incitam a indústria a continuar a destruição. Não basta ficarmos indignados com a situação como se não fôssemos também responsáveis por ela. A indignação é sim legítima, desde que possamos compreender as nossas parcelas de culpa.
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